Há alguns meses nossa vida deu um giro de 180º: a pandemia do novo Coronavírus e seus desdobramentos interferiram de maneira intensa na nossa rotina. Planos desfeitos, viagens adiadas, projetos engavetados, encontros que vão ter de esperar… não faltam exemplos de coisas que tivemos que adaptar ou, por enquanto, deixar de lado. O isolamento social, o uso de máscaras e aplicação de álcool em gel nas mãos, práticas indicadas pelos especialistas para conter a disseminação do COVID-19, se tornaram hábitos para milhões de pessoas. E isso tudo também mexeu com a nossa intimidade. Como fica o sexo em tempos de quarentena? 


Ir para a balada e conhecer gente nova? Não dá! Curtir aquele pagode no domingo à tarde e azarar muito? Aglomerações estão riscadas da lista. Marcar um cinema com o crush e depois esticar a noite? Nem pensar. Sair para arrumar companhia é contraindicado hoje. Mas, não precisa se desesperar. Calma. Neste post, colocamos algumas situações e apontamos sugestões seguras para que você não fique completamente no “zero a zero”. 



Sozinho (a) sim, entediado nunca… 

Morar só, como tudo na vida, tem suas vantagens e desvantagens. A privacidade, flexibilidade para fazer os próprios horários e o fato de não ter que dar explicações sobre os próprios passos são grandes atrativos. Em contrapartida, a solidão é um dos principais “perrengues”. E o que fazer, quando o assunto é sexo, em tempos de pandemia? É possível sentir muito prazer, mesmo sem companhia. Há opções para eles e para elas. Vamos começar com as mulheres. 


Uma ótima pedida para diversão é o vibrador. Campeão de vendas nos sex shops, ele foi criado no século XIX, para tratar uma doença chamada histeria, um distúrbio mental específico e seus principais sintomas eram anestesia, apatia em relação ao mundo exterior, confusão mental, desmaios, falta de ar e múltipla personalidade. Na época, os médicos entendiam que esse mal deveria ser tratado com estímulo sexual. Uma das primeiras versões do brinquedo sexual mais conhecido hoje era pesada e feita de aço, mais parecia uma daquelas máquinas dos tempos da Revolução Industrial. O Vibrador a Vapor também era chamado de maneira sugestiva assim “The Manipulator” (O Manipulador, traduzido do inglês). 


Com o tempo, versões mais leves e menos assustadoras do vibrador chegaram ao mercado. Em 1889, diversas invenções que facilitavam os serviços domésticos, como a torradeira e o ventilador, e o vibrador já fazia parte do dia a dia das mulheres. Anúncios em jornais e revistas destacavam seus benefícios “Vibração traz vigor, força e beleza”, “Vibre seu corpo: você não tem mais direito de ficar doente”, “Todo prazer e juventude dentro de você”. 


Depois de um tempo desprestigiado, o vibrador voltou com tudo ao mercado nos anos 1970, com a criação e popularização dos sex shops. O custo benefício, a simplicidade e a versatilidade são alguns dos fatores que explicam seu sucesso. Existem vários tipos, do simples (tem o desenho semelhante a um dedo, o controle fica na base. O material pode variar entre o plástico, mais barato, ao silicone aveludado, um pouquinho mais caro. Indicado para as mulheres que gozam com facilidade e para quem curte penetração e estimulação interna), passando pelo bullet (bala/munição na tradução em inglês. O tamanho pode até enganar, mas, esse modelo cumpre muito bem o que promete. Portáteis, podem ser levados e usados em qualquer lugar) até o rabbit (tem ponta dupla, o que garante ainda mais prazer). 


Para ter as sensações do sexo com outra pessoa, o produto erótico certo para o homem é o masturbador. Esse item conta com textura interna semelhante à pele, o que aumenta a sensibilidade. Entre os tipos mais comuns estão o Lanterna, em que o homem você tira a tampa e tem acesso ao orifício para introduzir o pênis. Esse modelo pode ter os formatos de boca, vagina ou ânus e contar com vibrador. Já o tubo é bem simples e objetivo: foco total no prazer. O Egg (ovo em inglês) tem uma proposta interessante: você “descasca” e preenche uma capa com lubrificante. Depois, é só colocar essa capa no pênis e curtir à vontade. Essa capa é elástica e pode ser esticada até a base do membro. Um bom brinquedo na hora da masturbação. Diversão garantida!



Hora de (re) acender a chama...

E os casais? Você já deve ter visto ou ouvido falar em alguma reportagem sobre o seguinte: dispararam os pedidos de divórcio desde que começou a quarentena. Ok. E quantos estavam “mais ou menos” e acertaram o rumo depois que a pandemia começou? Essa estatística dificilmente alguém vai levantar. Certo é que há meios de reacender aquela chama que anda fraquinha, fraquinha. É possível viver em harmonia convivendo mais tempo debaixo do mesmo teto e isso passa, também, pelo sexo. 

 

Com um diálogo, criatividade e disposição, é possível apimentar a relação e deixar tudo mais divertido. Para esquentar o clima, uma ótima sugestão é o uso de brinquedos eróticos. São itens com uma finalidade simples: aumentar a sensação de prazer na hora H. 

 

Esses estão cada vez mais bem elaborados, feitos com materiais atóxicos, que não causam irritação ou alergia. Alguns deles tem propriedades regeneradoras e hidratantes, e isso faz muito bem para a sua saúde sexual! Quer experimentar mas tem algum receio? É possível começar com algo bem simples. 




Os jogos, por exemplo, simbolizam uma forma divertida e sensual de esquentar o clima entre quatro paredes. Parceiros que querem aumentar a intimidade podem se valer dos  géis comestíveis, práticos e que podem ser aplicados na região íntima. Além de dar um sabor especial, contam com efeito esquenta/esfria, que proporciona sensações incríveis! 

 

Quem já deu alguns passos no terreno dos produtos eróticos tem mais facilidade para ousar.  Imagine uma peça íntima que mescla beleza e prazer. É o caso da calcinha tailandesa é uma peça íntima de acabamento com renda e fio de pérolas. Além de elegância e sensualidade na hora H, a lingerie tem um diferencial bem bacana: o fio de pérolas massageia o clítoris e estimula o pênis. Veste super bem e com certeza vai deixar seu parceiro muito mais animado! 


Os homens que querem aumentar o poder na cama podem contar com o anel peniano. Esse acessório tem uma função ligada à saúde e também à diversão sexual propriamente dita. Como assim? A gente explica. O anel peniano é indicado para quem sofre com um problema chamado pelos médicos de “fuga venosa”: uma falha no mecanismo responsável por impedir a saída de sangue do pênis durante a ereção. O anel serve para “segurar” o sangue e manter o pênis em estado de alerta durante a relação sexual. Agora, vem a diversão: o anel leva o homem a ter uma ereção mais firme e prolongada.



Que tal experimentar para sair da mesmice? 

Tudo, ou quase, que é feito sempre da mesma forma pode enjoar, não é verdade. Esse raciocínio também vale para o sexo. A palavra de ordem é experimentar. 

 

Quer um exemplo? O sexo anal. Mais do que uma simples posição, essa é uma forma de aumentar a intimidade do casal e tornar as relações mais quentes e interessantes. E ao contrário do que muita gente pensa e até diz por aí, sexo anal não tem nada de vulgar. Muita coisa mudou é preciso se libertar de ideias pré concebidas. Entre quatro paredes, na intimidade do casal, vale muita coisa, desde que haja respeito, consentimento e carinho. 

 

Que tal um pouco de fantasia? Usar a imaginação sempre ajuda. Quem leu o livro 50 tons de Cinza ou assistiu a adaptação da história para os cinemas vai se lembrar: Anastasia, a protagonista, era resistente ao sexo anal. Ela queria experimentar essa forma de prazer, mas, sentia uma mistura de medo e curiosidade. Christian Grey, o bilionário que se apaixona pela moça e mexeu com a cabeça das mulheres no mundo inteiro por ser charmoso, criativo, decidido e muito ousado, a leva para o escritório, cria um clima e apresenta um novo brinquedinho: o plug anal. Cheia de tesão e completamente entregue, Ana experimenta sensações incríveis. No livro, o relato da cena é ainda mais intenso e quente. 




E claro, tem brinquedos para esse momento também! As bolinhas tailandesas, são pequenas contas em um longo cordão. Elas são inseridas no ânus de forma individual. Muitas mulheres sentem prazer ao experimentar cada bolinha entrando por esse espaço. Justamente por isso, as contas tem tamanhos diferentes: o diâmetro vai crescendo. 

 

À medida que são inseridas, as bolinhas vão ficando maiores. Algumas delas podem passar dos 20cm. A dica aqui é: se você ainda está experimentando os prazeres do sexo anal, o ideal é usar bolinhas menores. Na hora de comprar, observe o material e a durabilidade. As contas anais feitas de silicone puro são indicadas por que são flexíveis e tem tamanhos amigáveis para quem está descobrindo agora essa forma de prazer. 

 

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O sexo é importante para o nosso bem estar. E em tempos de pandemia, ganha ainda mais relevância. Além de diálogo e carinho para aumentar a intimidade, é fundamental se proteger: usar camisinha é cuidar de si e do outro. A Saúde agradece!