Clássico. Adjetivo. Relativo à antiguidade greco-latina; modelo em belas-letras; correto; habitual; famoso. A palavra clássico é usada para se referir a algo que é referência e resiste ao tempo. No futebol, o esporte mais adorado por nós, brasileiros, esse termo é usado para falar de um jogo com muita rivalidade e história. Quando Atlético e Cruzeiro, os maiores times de Minas Gerais, entram em campo para um duelo, não é um dia normal. O clássico mexe com a cidade, os nervos ficam à flor da pele… é uma partida diferenciada.
A mesma palavra é aplicada para falar de gastronomia. Por exemplo: o Bauru, sanduíche feito de pão francês com rosbife, fatias de tomate, picles, queijo muçarela e orégano é um clássico da culinária paulista. Ainda no mundo dos sabores, existem bebidas reconhecidas pela qualidade. O vinho Cabernet Sauvignon, resultado do processamento de uvas do mesmo nome, originárias de Bordeaux, no sudoeste da França, é um verdadeiro clássico.
No mundo das relações, também existe o que atravessa décadas e segue sendo referência. Por exemplo: dar um buquê de rosas no dia do aniversário da amada ou em uma data especial para o casal é sempre uma boa pedida. Um presente clássico. Que tal apimentar um pouquinho as coisas? Vamos lá: não é de hoje que o ser humano procura meios de ampliar as sensações de prazer proporcionadas pelo sexo. É tão antigo quanto andar pra frente. Provamos isso em um rápido passeio pela História. E esse passeio tem algumas curiosidades.
O primeiro dildo (objeto de formato semelhante ao pênis) que se tem notícia foi encontrado por pesquisadores em 2010 na Alemanha, era de madeira e foi usado há pelo menos 10 mil anos! O mais curioso (prepare-se porque tem muito mais…) é que o uso desse objeto já foi recomendado por médicos. Voltemos dois séculos no tempo: naquela época era comum falar em histeria, algo que trazia muito sofrimento para as mulheres. Era um distúrbio mental específico e seus principais sintomas eram anestesia, apatia em relação ao mundo exterior, confusão mental, desmaios, falta de ar e múltipla personalidade.
A conclusão dos médicos era que esse mal deveria ser tratado com estímulo sexual. Melhor dizendo: era o orgasmo que dava jeito. Com a evolução da Psicologia e a criação da Psicanálise pelo neurologista Sigmund Freud (1856-1939), foi descoberto que a histeria era, na verdade, um grito de socorro feminino contra a repressão sexual e que esse problema tinha origens psíquicas.
O vibrador, estrela desse post e hoje um clássico dos produtos eróticos, também foi criado no século XIX, no contexto da histeria. Em 1869 (esse número é bem sugestivo, a gente sabe… rsrs) George Taylor, médico norte-americano, criou outra engenhoca que prometia muito prazer ao público feminino:
o vibrador a vapor. A aparência era mais de uma máquina industrial, porque era grande e feita de aço. Chamado de maneira sugestiva “The Manipulator” (O Manipulador, traduzido do inglês) também servia para tratar a histeria feminina, como explicado anteriormente.
Quando se fala de brinquedos eróticos, duas coisas andam muito próximas: comportamento e evolução tecnológica. Versões portáteis do vibrador, produto com alta demanda na época, vieram logo depois. Em 1880, o médico inglês Joseph Mortimer Granville criou o vibrador movido à manivela.
Nove anos depois, versões mais leves chegavam às casas. Era o tempo de muitas invenções que facilitavam a rotina doméstica, como a torradeira e o ventilador. O vibrador era algo que fazia parte do dia a dia das mulheres. Tanto que era normal ler anúncios em jornais e revistas destacando seus benefícios. “Vibração traz vigor, força e beleza”, “Vibre seu corpo: você não tem mais direito de ficar doente”, “Todo prazer e juventude dentro de você”.
No início do século XX, em 1902, chegava às lojas o primeiro vibrador elétrico, feito pela empresa norte-americana Hamilton Beach.
“Gelo” e retorno triunfal
O sucesso dos vibradores seguiu até os anos 1930. Nessa época, ele passou a ser o “patinho feio”. Mais uma vez, questões ligadas ao comportamento ajudam a explicar. A evolução da ciência, que permitiu a descoberta de novos conhecimentos sobre sexualidade feminina, e o uso dos vibradores nos filmes pornográficos são alguns dos fatores que fizeram o uso dos vibradores ser mal visto. Outro detalhe importante: por ignorância, muita gente dizia na época que se a mulher gostava de vibrador, esse era um sinal que o marido “não dava conta do recado”. Preconceito e desinformação sempre fizeram parte da história da humanidade e parte desse problema é resolvido com pesquisas.
Também na década de 1930 foi iniciado um levantamento que teria repercussão por décadas. Alfred Kinsey, biólogo e professor universitário que tinha verdadeira obsessão por vespas, passou a estudar a sexualidade humana depois de perceber que o tema gerava curiosidade entre seus alunos. Começava ali algo que mudaria os rumos da História.
Kinsey e seus auxiliares entrevistaram mais de 11 mil pessoas, da Costa Leste à Costa Oeste dos Estados Unidos. O questionário, aplicado entre 1938 e 1963, tinha 300 perguntas sobre os hábitos sexuais da sociedade. Foram muitas descobertas! Nas preliminares, 87% dos entrevistados trocavam beijos de língua, 49% das mulheres faziam sexo oral em seus parceiros e a estimulação manual dos seios era praticada por 98% dos homens.
Masturbação, considerada um tabu, era praticada por 92% dos homens e 62% das mulheres. Também foram levantadas informações sobre o orgasmo. 47% delas contaram chegar ao ápice do prazer “quase sempre”.
Os resultados das pesquisas caíram como uma bomba na conservadora sociedade norte-americana. O trabalho foi dividido em dois livros: o primeiro foi “Sexual Behavior of Human Male” (Comportamento Sexual do Homem) publicado em 1948 e um estrondoso sucesso vendendo 200 mil cópias em duas semanas, e “Sexual Behavior of Human Female” (Comportamento Sexual da Mulher), sem o mesmo sucesso, mas, com a importância de ter jogado luz sobre o desejo feminino. Há quem considere que Alfred Kinsey abriu as portas para a Revolução Sexual dos anos 1960, movimento que virou comportamentos e regras sociais de cabeça para baixo.
Pela primeira vez em séculos, as mulheres viviam a sensação de liberdade em termos sexuais. Filmes, livros e outros produtos culturais exaltavam a sexualidade feminina e as novas possibilidades.
Não esquecemos do vibrador. Escondido nas gavetas anos antes, ele voltou com tudo e ganhou a companhia de outros produtos eróticos em um lugar específico: os sex shops. Os primeiros empreendimentos desse tipo foram criados na década de 1970, nos Estados Unidos, e logo se espalharam pelo mundo. Eram lojas administradas por mulheres e prontos para receber mulheres. Os ambientes tinham como ponto principal a discrição. Neles era possível comprar produtos eróticos e livros sobre saúde sexual e prazer.
Você gosta de assistir alguma série? Uma delas tem tudo a ver com o sucesso dos vibradores no mercado. Você vai descobrir já já. Vamos voltar um pouquinho no tempo: em 1968, a marca japonesa Hitachi lançava no mercado o Magic Hand. O objetivo do produto era aliviar dores musculares, principalmente nas costas, no pescoço e nos pés. Até aí, nada demais. Mas, para que tratar apenas dores musculares se é possível fazer mais? Sexólogos e terapeutas passaram a indicar o Magic Hand como ótimo estimulador do clítoris. Para virar uma verdadeira febre entre as mulheres, foi um pulo.
O mundo do consumo é mesmo curioso. Temerosos de que seu produto pudesse ser mal visto, executivos da Hitachi publicaram um comunicado em 1999 reafirmando o objetivo do Magic Hand: um auxílio para aliviar dores musculares. Não adiantou: o objeto apareceu num episódio da premiada “Sex and City”, em 2002, e as vendas foram na Lua! A Hitachi, temerosa de ser associada ao mercado erótico, chegou a anunciar que iria encerrar sua fabricação, mas, a pressão das consumidoras e do distribuidor da marca nos EUA falou mais alto e o produto foi relançado com o nome de “Magic Hand Original”.
Razões do Sucesso e as diversas opções
O vibrador é um verdadeiro clássico dos sex shops. O ótimo custo benefício, a simplicidade e a versatilidade são dois dos fatores que explicam seu sucesso. Outra coisa: tem para todo gosto! Vamos apresentar algumas das opções facilmente encontradas no mercado. E claro: na Essencial Prazer você encontra o ideal!
Como o nome diz, é o modelo que vai diretamente ao ponto. Seu desenho é semelhante a um dedo e o controle fica na base. O material pode variar entre o plástico (mais barato) ao silicone aveludado (um pouquinho mais caro). Indicado para as mulheres que gozam com facilidade e para quem curte penetração e estimulação interna.
Bala/Munição na tradução do inglês. O tamanho pode até enganar, mas, esse modelo de vibrador cumpre o que promete: estimulação para aumentar a sensação de prazer. Portáteis, podem ser levados e usados (porque não?) em qualquer lugar. Se você curte uma aventura, é a opção ideal! Já pensou em sentir aquele tremor numa ocasião inusitada?
Parecido com o modelo tradicional, mas, com a diferença de uma “curvinha” justamente para estimular o ponto G da mulher. Bom para quem já descobriu o caminho da felicidade ou ainda está em busca dele.
A cada modelo apresentado, aumentamos a “ousadia”, vamos dizer assim. Esse tipo de vibrador tem ponta dupla, o que garante muito mais tesão, seja para se masturbar ou na transa propriamente dita. A ponta menor serve para estimular o clítoris, e a maior, para a vagina.
Não podia faltar uma opção para quem curte a porta dos fundos, não é mesmo? Se não experimentou, esqueça a vergonha e os tabus: sexo anal é uma delícia e muito saudável. O plug anal é um tipo de vibrador específico para essa região. Além do uso na hora da transa, podem ser colocados para relaxar essa zona erógena e deixar tudo mais fácil. Também é uma boa pedida para quem quer experimentar a dupla penetração. É 3P: pequeno, portátil e muito prático!
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Os vibradores não são campeões de vendas à toa! São muitos os motivos que levam a isso. Se você não experimentou nenhum brinquedo erótico, começar por ele é ótima ideia.